Tudo o que você precisa saber sobre otite em cães

Ninguém dá muita bola quando o cachorro coloca a cabeça para fora do carro durante o passeio — afinal, ele parece tão feliz pegando um ventinho... Nem liga muito se, no calor do verão, ele se molha e fica com a pelagem da cabeça úmida — ora, parece estar apenas se refrescando. Mas hábitos assim podem ser o empurrãozinho para a otite, a inflamação de ouvido que, se não for bem tratada, pode levar a uma meningite ou a uma infecção generalizada, dois males capazes de matar. 

A ventania nas orelhas costuma levar sujeira para o canal auditivo. Já a umidade favorece a multiplicação de fungos, bactérias e ácaros, que, então, povoam toda a cavidade auricular. “O excesso de banhos no calor também tira a proteção do ouvido do bicho, que é a cera. Ela amolece e escorre, escapando demais. Isso o deixa sensível”, explica o veterinário Enio Eduardo Bovino, da Universidade Paulista, a Unip. Limpeza de menos ou feita do jeito errado também não é nada bom. A pior coisa é quando o dono se mete a resolver a situação por conta própria e, sem querer, empurra a cera de vez para dentro. “Só o veterinário sabe como limpar os ouvidos do cão corretamente”, diz Bovino. “Esse é mais um motivo para não perder a consulta periódica.” 

Quando surgem os sintomas da otite, não raro o dono também não liga muito. O cachorro se coça e parece fazer gracinha. Ou chora como se estivesse de manha. É preciso prestar atenção, especialmente quando a raça é mais suscetível ao problema. “Cães com orelhas caídas têm mais tendência a otite por causa da cavidade que fica naturalmente abafada”, explica Mário Marcondes, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo. 

O melhor é sempre prevenir. Nesse sentido, proteger as orelhas do cachorro no banho e fechar as janelas do carro na hora do passeio são ótimas medidas. Também escovar a pelagem das orelhas todo dia — para varrer literalmente a sujeira que ficou ali. “Esse hábito, além de ajudar na circulação, arranca os pelos mortos que trazem o mau cheiro”, orienta a veterinária Cintya Brillante, da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. E já sabe: qualquer choramingo ou sinal de coceira são motivos para ir ao veterinário, sim. Se for otite, ele saberá o que fazer conforme a causa da inflamação e livrará seu amigo de consequências nada boas.

Parto e Nascimento do YorkShire Terrier

A gestação, que se inicia logo após a fecundação (não necessariamente após o primeiro cruzamento, podendo ocorrer no quarto, quinto, etc.),  dura em média 64 dias podendo atrasar ou adiantar alguns dias. A gravidez poderá ser facilmente detectada a partir do 30º quando, a cadelinha, começar a apresentar inchaço da barriga. Mas calma, os filhotes ainda não são detectáveis, menos ainda em cadelas grandes e gordas. Por outro lado, se a dúvida persistir, você poderá recorrer a um ultrassom específico para cadelas e, com ele, ter não só o resultado positivo ou negativo da gravidez como também o número estimado de filhotes.

O comportamento da cadela também começa a ficar diferente. Duas semanas antes do parto ela começa a ficar isolada e a procurar o local que irá parir, geralmente distante de tudo e todos. Em alguns casos, distante até de seus donos.

Algumas dicas básicas, mas não efetivas, que podem levar a indicação de que o parto se aproxima:

- Movimento de escavação utilizando as patas (como se quisesse arrumar um "ninho");
- Desinteresse total por comida;
- Queda da temperatura corporal (ficando em torno de 37ºC ou 37,5º);
- Tendência de se esconder em lugares escondidos;
- Respiração ofegante;
- Inquietação freqüente;

Estes comportamentos podem ser observados dias, ou apenas horas, antes do parto.

Neste momento é importante se prevenir e estar pronto para ajudá-la caso seja necessário. Lavar as mãos, ter toalhas para a secagem dos filhotes, tesoura esterilizada para cortar o cordão umbilical são algumas medidas muito importantes.

Se a cadela escolher um lugar que não seja de seu agrado para parir, não a remova, em hipótese alguma, deste lugar que ela escolheu. Este é um momento que ela irá fazer muita força (para expulsar os bebês de sua barriga) e quanto menos ela se estressar, melhor. Em outras palavras, se ela escolher o chão frio para parir ao invés da caminha super confortável que você providenciou especialmente para isso, saiba que a escolha foi dela.

Alguns cuidados e observações importantes antes, durante e depois do parto são:

Depilação.
Antes do parto ocorrer, procure cortar ou aparar os pelos que envolvem as tetas para que os filhotes, depois de nascerem, encontrem elas com mais facilidade.

Parto não ocorreu.
Se o parto não ocorrer até a data prevista, e passar alguns dias, é necessário levá-la a um veterinário imediatamente sob o risco de perder os filhotes ou mesmo a cadela.

Comportamento muito inquieto.
Quando ela estiver pronta para partir, poderá apresentar desconforto, ficar inquieta, demonstrar dores, ficar trêmula, recusar comida, lamber constantemente sua vulva e ainda procurar sua casinha. Você nada poderá fazer a não ser ajudá-la, indiretamente, a deixá-la em um lugar tranqüilo e sossegado para que ela tenha seus filhotes. Jamais se desespere, lembre-se que a natureza fará grande parte do trabalho. Sua presença é apenas para precauções caso algo saia errado. E, acredite, infelizmente muitas coisas podem sair errado.

Sobre as contrações.
Neste momento ela fará força para expulsar os bebês para fora, um a um. Você poderá observar este momento por movimentos dos músculos das constas em movimento descendente. Ela poderá abrir a boca e emitir sons e ruídos como se tivesse doendo muito. Entre as contrações é normal uma pequena pausa para descansar e, novamente, ter uma nova contração.

Nascimento do primeiro filhote.
O primeiro filhote yorkshire nascerá minutos depois do início das primeiras contrações, podendo em alguns casos demorar 1 ou 2 horas. Se demorar muito e não nascer, ou se as contrações e dores pararem, e também  não nascer, é importante levá-la imediatamente a um veterinário.

Placenta.
Assim que ela parir o primeiro bebê, você conseguirá ver a placenta e o cordão umbilical. Alguns criadores, com o objetivo de ajudar, abrem a placenta com suas próprias mãos e retiram o bebê lá de dentro, deixando-os sempre na mesma posição e lugar (não os afastando da mãe). Em seguida, com a tesoura, cortam também o cordão umbilical. Entretanto, este processo, mesmo sendo a primeira vez da cadelinha, será feito por ela sozinha e sem a ajuda de ninguém (a placenta poderá ser rompida totalmente por ela em até 15 minutos). Em outras palavras, caso você não faça tudo isso, não se preocupe porque ela provavelmente dará conta do recado. Se ela deve ou não comer a placenta? Alguns criadores não deixam, outros, enfatizam  que ela é rica em nutrientes. Em todo caso, não fará mal algum se ela comer ou não a placenta. Na dúvida, deixe a natureza seguir seu caminho.

Lambidas freqüentes.
Após o primeiro parto, do primeiro filhote, inicia-se um trabalho de muitas lambidas que irá durar até o final da amamentação dos filhotes. A mãe irá lamber muito os filhotes para eliminar todos os vestígios da placenta, irá lamber o primeiro filhote até chegar a hora do nascimento do segundo e assim por diante.

Filhotes parados após o nascimento.
Não espere que, logo após nascerem, os filhotes gritem, chorem, se movimentem, corram, pulem ou façam  barulho. Depois que nascem é comum eles ficarem completamente imóveis por vários minutos.

Segundo ou terceiro filhote.
Os outros filhotes devem nascer com intervalos regulares mas não fixos (existem vários relatos que o segundo filhote aparece depois de aproximadamente 1 hora, mas, novamente, não existem regras sendo que o parto inteiro poderá durar em média 6 horas). Dica: exceto em casos em que ficar entalado, jamais puxe a placenta para que nasçam mais rápido, isso pode provocar uma hérnia ou até mesmo a morte do novo bebê. Depois de alguns minutos é natural que eles procurem as tetas para se alimentar. Isso é instintivo.

Filhotes X Placenta.
O número de filhotes é igual ao número de placentas. Se a conta estiver errada é necessário procurar imediatamente um veterinário. Por isso é fundamental que o criador, ou dono, acompanhe todo o processo do parto.

Filhote entalado.
Se perceber que o filhote ficou entalado, com um pano úmido, puxe-o cuidadosamente a fim de evitar sérias complicações. Este ato é também muito arriscado e deve ser feito apenas em ultimo caso,visto que pode trazer sérias conseqüências (até a morte) do filhote. Se precisar fazer isso, puxe-o apenas quando ela fizer as contrações. Jamais entre em desespero.

Corte do cordão umbilical.
Este procedimento, assim como rasgar a placenta, é feita pela própria cadela e pode ocorrer leve sangramento. Alguns criadores fazem isso para ajudá-la mas se você não tiver experiência, não o faça! Deixe que este trabalho ela dá conta. O corte com a tesoura feita de forma incorreta pode ocasionar uma séria hemorragia.

Líquido que pode matá-los.
Assim que nascerem, em determinado momento, você poderá pegar os filhotes, virá-los de cabeça para baixo e balançar levemente para que, se tiver algum líquido, ele seja expelido e não entre para os pulmões, sufocando-os.

Término do parto.
Para saber se todos os filhotes nasceram você pode apalpar o abdômen da cadela afim de sentir algum outro filhote. Caso não sinta, o parto esta terminado. Este procedimento não é certo pois em alguns casos você poderá ser surpreendido com um novo filhotinho.

Pós-parto.
Agora a fêmea deve descansar e os filhotes, instintivamente, irão procurá-la para se alimentar. Com o tempo, você irá observar que a mamãe irá lamber muitos os filhotes, inclusive seus órgãos genitais, com o objetivo de estimular o "xixi" e o "cocô" que eles irão produzir. Tudo, absolutamente tudo, será lambidos por ela até aproximadamente os 30 dias de vida dos filhotes, onde a cadela os abandona e para de amamentar.